VÍDEO: Gilmar Mendes diz que Moro e Dallagnol “roubavam galinhas juntos”
DCM – O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse nesta terça-feira (11) que o senador Sergio Moro (União Brasil-PR) e o ex-procurador Deltan Dallagnol “roubavam galinhas juntos”, em referência as articulações da dupla na condução da Operação Lava Jato.
A declaração ocorreu durante um julgamento da Segunda Turma do STF sobre um recurso da Procuradoria-Geral da República contra o arquivamento de uma ação penal de improbidade administrativa envolvendo a construtora Queiroz Galvão, que tramita na 13ª Vara Federal de Curitiba.
Relator da ação, Gilmar apontou um “conjunto de ilegalidades” no bloqueio dos ativos da empresa durante a Operação Lava Jato. O ministro questionou a imparcialidade e a legalidade das ações do ex-juiz e sugeriu que ele agia de forma coordenada com os procuradores.
“Eu, até num encontro muito divertido que tive não faz muito tempo com o senador Sergio Moro, tive a oportunidade de dizer isso a ele, viva voz, como é do meu feitio. Eu disse a ele, usando uma expressão do nosso mundo rural, que há muito tempo eu já falava e denunciava que ele e Dallagnol roubavam galinhas juntos. É uma expressão lá do meu Mato Grosso”, disse Gilmar Mendes.
No STF, Gilmar Mendes relata ‘encontro muito divertido’ com Sérgio Moro. “Ele e Dallagnol roubavam galinhas juntos”.
Ministro fez observação enquanto julgava uma reclamação da PGR contra o encerramento de ação por improbidade contra a construtora Queiroz Galvão. pic.twitter.com/6ezW435nvu
— Metrópoles (@Metropoles) June 11, 2024
O encontro descrito pelo ministro ocorreu durante o julgamento do senador no Tribunal Regional do Paraná (TRE-PR). A corte julgava um pedido de cassação do mandato de Moro, que teria convidado o magistrado para uma conversa presencial em abril.
Na ocasião, o ministro disse: “Você e Dallagnol roubavam galinha juntos. Não diga que não, Sergio”. “Tudo o que a Vaza Jato revelou, eu já sabia que você e Dallagnol faziam. Vocês combinavam o que estaria nas peças. Não venha dizer que não”, continuou.