Ministra Sônia Guajajara lamenta feminicídio de indígena no MA
O Imparcial – Investigado pelo assassinato de Joanilda Paulino Guajajara segue foragido e já respondia por feminicídio anterior, de 2021.
A Ministra dos Povos Indígenas , Sônia Guajajara , lamentou publicamente o feminicídio de Joanilde Rodrigues Paulino Guajajara, técnica de enfermagem indígena do Território Indígena Arariboia, em Amarante do Maranhão.
Joanilde foi morta a facadas em sua própria casa pelo marido, Wendel Machado, que está foragido. Wendel já respondia em liberdade por ter assassinado a namorada — Carla Tayra Sousa de Oliveira, de 19 anos — a golpes de faca no dia 13 de janeiro de 2021, em Imperatriz. O corpo da vítima foi encontrado às margens da Avenida Pedro Neiva de Santana. Horas após o crime, a polícia localizou Wendel bebendo em um bar no bairro Bacuri.
Ao ser abordado pela guarnição, Wendel jogou a chave de uma caminhonete embaixo de um balcão e informou aos policiais militares que estaria de moto. Os militares encontraram a chave e, durante buscas no interior do veículo, foram encontradas manchas de sangue no painel da caminhonete.
Apesar de ter confessado o crime e de existirem evidências que o ligavam ao assassinato, Wendel foi liberado em liberdade condicional após seis meses de prisão e aguardava julgamento quando cometeu o feminicídio de Joanilde.
Em uma nota de pesar, a Ministra Sônia Guajajara expressou sua tristeza e revolta com o ocorrido, ressaltando a insegurança enfrentada pelas mulheres, especialmente as indígenas, dentro de suas próprias casas.
“Quando falamos que mulheres não estão seguras sequer em sua própria casa, é sobre isso. Joanilde foi morta em sua residência, lugar que deveria ser um espaço seguro para ela e para todas as mulheres”, declarou a ministra. Ela também destacou a importância de combater a cultura machista que perpetua a violência contra as mulheres no país.