9 de março de 2025
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Margem Equatorial: Petrobras projeta ‘maior estrutura de emergência do mundo’ para obter licença do Ibama

Brasil 247 – Em entrevista à Folha, a presidente da estatal, Magda Chambriard, reafirmou otimismo para receber aval ambiental ainda este ano.

A Petrobras está otimista em relação à obtenção da licença ambiental para a exploração de petróleo na Margem Equatorial, uma das principais apostas da empresa para garantir a reposição das reservas do pré-sal a partir da próxima década. Em entrevista à Folha de São Paulo, a presidente da estatal, Magda Chambriard, destacou que a companhia está em diálogo permanente com o Ibama e cumprindo todas as exigências para viabilizar o projeto.

“Estamos prevendo para as águas profundas do Amapá a maior estrutura de resposta a emergência do mundo. Em 45 anos atuando nessa indústria, eu nunca vi algo tão grande para salvaguarda das operações”, afirmou Chambriard. A executiva ressaltou que a Petrobras entregará, ainda em março, um centro de tratamento de animais em Oiapoque (AP), entendido como a última exigência do Ibama para a liberação da licença.

Futuro do petróleo e transição energética – Apesar de um foco cada vez maior em energias renováveis, a presidente da Petrobras destacou que o petróleo continuará tendo um papel relevante na matriz energética global. “Estamos caminhando para um futuro de diversidade energética, e esse movimento é irrefreável. Mas ele não será possível sem a presença ainda relevante do petróleo na matriz energética mundial”, afirmou.

Chambriard citou projeções da Agência Internacional de Energia que indicam uma demanda mundial de cerca de 20 milhões de barris de petróleo por dia em 2050, mesmo em um cenário de transição acelerada. Ela ressaltou que o petróleo de baixo custo e baixas emissões do Brasil terá espaço nesse mercado.

Autonomia e alinhamento com políticas públicas – Chambriard reforçou que a Petrobras mantém total autonomia em suas decisões, sem interferência do governo federal. “Desde que assumi a Petrobras, em maio de 2024, eu e a diretoria temos tido total liberdade para gerir a empresa e tomar as decisões da forma que entendemos serem mais eficazes para a saúde financeira e o desenvolvimento da companhia”, afirmou.

A presidente da estatal destacou que há uma convergência natural entre as estratégias da Petrobras e as políticas públicas do governo, especialmente no que diz respeito ao fomento da indústria naval e offshore nacional. “É uma iniciativa ganha-ganha: o governo vê prosperar seu desejo de reativar a indústria naval, e a Petrobras tem como benefício o acesso a um mercado fornecedor próximo às suas operações, o que nos traz vantagens de custo, logística e acompanhamento das obras”, explicou.

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