4 de agosto de 2025
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Edinho Silva assume presidência do PT: principal missão é a reeleição de Lula

Revista Fórum – Em seu discurso, o novo presidente do PT delineou os eixos centrais do projeto político para 2026.

Durante o 17º Encontro Nacional do Partido dos Trabalhadores, realizado neste domingo (3), o ex-prefeito de Araraquara, Edinho Silva, assumiu oficialmente a presidência nacional da legenda. A posse contou com a participação dos novos integrantes do Diretório Nacional e dos presidentes estaduais recém-eleitos. Em seu discurso de abertura, Edinho afirmou que a principal missão do partido, a partir de agora, é garantir a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2026 e construir as bases para uma sucessão política sólida e duradoura.

“Assumimos a direção do nosso partido no momento histórico mais importante da nossa existência. Essa, de fato, é a eleição mais importante de nossas vidas”, declarou. Segundo ele, o desafio atual do PT vai além de conquistar vitórias eleitorais: passa por pensar o futuro do partido sem a presença direta de Lula nas urnas. “Temos a responsabilidade de construir o Partido dos Trabalhadores quando o presidente Lula não estiver mais disputando o nosso projeto”, afirmou.

Ao relembrar momentos difíceis da história petista — como a crise do mensalão, em 2005, e o que classificou como “a farsa da Lava Jato” —, Edinho ressaltou a importância da liderança de Lula na reconstrução do partido. Segundo ele, o futuro da legenda deve se apoiar em uma estrutura coletiva e não em nomes isolados. “Como bem disse o presidente, quero reafirmar: seu substituto não será um nome; será o Partido dos Trabalhadores.”

Planejamento para o pós-Lula

Para Edinho, o caminho para a continuidade do projeto petista está na organização interna e no diálogo com a sociedade. “Se o PT estiver forte, organizado e dialogando com o povo brasileiro, o nome da nova liderança será construído naturalmente”, afirmou. Ele também reconheceu que não haverá outro Lula, dada a singularidade do contexto histórico em que o ex-presidente surgiu: “As condições históricas que moldaram Lula, com o novo sindicalismo, os movimentos sociais e a luta pela democracia, não vão se repetir.”

Diretrizes para 2026

Em seu discurso, o novo presidente do PT delineou os eixos centrais do projeto político para 2026, associando a reeleição de Lula a um programa de desenvolvimento soberano, inclusivo e com justiça social. Entre os pilares da proposta estão:

  • Fortalecimento da agricultura familiar e das pequenas propriedades;
  • Reindustrialização com foco em inovação e empregos de qualidade;
  • Reforma agrária;
  • Nova política de distribuição de renda;
  • Apoio ao empreendedorismo de pequeno e médio porte;
  • Políticas de proteção aos mais vulneráveis.
  • Soberania e crítica ao bolsonarismo

“Não seremos puxadinho dos Estados Unidos”

Em tom firme, Edinho também atacou o alinhamento automático a interesses estrangeiros, especialmente aos Estados Unidos, defendido por setores da oposição. “Não admitiremos que nenhuma das nossas instituições sejam atacadas. E vamos dizer que não somos e não queremos ser um puxadinho dos Estados Unidos. Somos um país soberano”, declarou.

A fala marca o início de uma nova fase no comando do PT, com foco na consolidação do legado de Lula, mas também na construção de um projeto político duradouro, que transcenda o atual ciclo de governo e prepare o partido para liderar o país mesmo após 2026.

Edinho falou ao lado do presidente Lula. Além dele, onze ministros estiveram presentes. São eles Jorge Messias (AGU), Camilo Santana (Educação), Anielly Franco (Igualdade Racial), Luiz Marinho (Trabalho) Waldez Goés (Desenvolvimento Regional), Márcio Macêdo (Secretaria-Geral) Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário), Luciana Santos (Tecnologia), Wellington Dias (Assistência Social) e Macaé Evaristo (Direitos Humanos).

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