VÍDEO – Marcos do Val viola medidas do STF e ameaça Moraes: “Tá fodid*”
DCM – O senador bolsonarista Marcos do Val (Podemos-ES) fez uma live no YouTube nesta sexta (22) e descumpriu medidas cautelares impostas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Na transmissão, ele fez vários ataques e ameaçou o magistrado.
“Você tá fodido, Alexandre. Xandão, coincidência? Você não sabe com quem se meteu”, afirmou o senador em live de mais de uma hora no YouTube. Ele ainda mostrou seus cartões de crédito bloqueados, tornozeleira eletrônica e uma ordem de despejo.
O bolsonarista tem sido monitorado pelo equipamento desde que saiu do Brasil sem autorização do Supremo e passou cerca de 10 dias nos Estados Unidos. Ele foi alvo de uma operação da Polícia Federal no Aeroporto de Brasília no último dia 4.
Do Val também foi alvo de uma série de medidas cautelares: além da tornozeleira, precisa estar em casa das 19h às 6h; teve contas, investimentos, chaves Pix, cartões, veículos e imóveis bloqueados; seu passaporte diplomático foi cancelado; seu salário e suas verbas de gabinete foram suspensos; e ele está proibido de usar as redes sociais.
Na live, o senador diz que está passando por uma “crise”, mas que a decisão de Moraes deu mais motivação. “Já estive nas forças especiais e a gente sabe lidar com situação de crise. Eu já falei para você bilhões de vezes: quanto mais crise você traz para mim, mais tesão eu tenho para ir para cima de você”, prosseguiu.
URGENTE: o senador Marcos do Val acabou de DESCUMPRIR AS DETERMINAÇÕES DO STF e fez uma live ameaçando o Alexandre de Moraes, dizendo que deu porrada no delegado da PF e “chorando” que está sem comida e de tornozeleira eletrônica. Vamos fazer este vídeo chegar às autoridades! É… pic.twitter.com/KlrZpHTahH
— Vinicios Betiol (@vinicios_betiol) August 22, 2025
O senador é alvo de inquérito por tentar arquitetar plano para anular a eleição presidencial de 2022, quando o ex-presidente Jair Bolsonaro foi derrotado, e de uma investigação por ofensas e ataques a investigadores da Polícia Federal.
As novas ordens foram aplicadas após o senador descumprir medidas restritivas impostas em 2024, como proibir o uso de redes sociais e reter seu passaporte.