Eduardo volta à Casa Branca para pedir novas sanções a Moraes em meio a julgamento de Bolsonaro
Revista Fórum – m meio à articulação por anistia ao pai, Eduardo Bolsonaro terá nova “série de agendas” com governo Trump, morando familiares de Moraes. Bancos brasileiros foram notificados sobre aplicação da Lei Magnitsky.
No mesmo dia em que advogados farão a defesa de Jair Bolsonaro (PL) no julgamento da organização criminosa golpista no Supremo Tribunal Federal (STF), Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e seu cúmplice, Paulo Figueiredo, desembarcam em Washington para pedir ao governo Donald Trump novas sanções ao ministro Alexandre de Moraes.
O retorno à Casa Branca para nova “série de agendas” foi anunciada pelo próprio Figueiredo em publicação no X na segunda-feira (1). O neto do ditador João Baptista Figueiredo, que é listado como membro do núcleo 5 da organização criminosa golpista, revelou ainda que o objetivo dele e de Eduardo é buscar novas sanções ao “círculo financeiro” de Moraes, que podem ser decretadas já nesta quinta-feira (4), em meio ao julgamento na primeira turma do STF
“É preciso ajustar as expectativas: antes da Lei Magnistky ser aplicada a outros indivíduos, entendemos que é fundamental que ela seja plena e efetivamente aplicada a Moraes e seu círculo financeiro imediato – algo que ainda está em curso. Todo o seu efeito devastador precisa ser sentido para que ela tenha o efeito dissuasivo desejado junto aos demais cúmplices. Esta é a prioridade agora e estamos fazendo tudo o que podemos nesta direção”, escreveu no X.
É preciso ajustar as expectativas: antes da Lei Magnistky ser aplicada a outros indivíduos, entendemos que é fundamental que ela seja plena e efetivamente aplicada a Moraes e seu círculo financeiro imediato – algo que ainda está em curso. Todo o seu efeito devastador precisa ser…
— Paulo Figueiredo (8) (@pfigueiredo08) September 2, 2025
Interlocutores de Eduardo Bolsonaro confirmam que ele estaria buscando aumentar as retaliações contra Moraes, estendendo as sanções à esposa do ministro, Viviane Barci de Moraes, e aos filhos.
Nesta terça-feira (2), durante a abertura do julgamento de Bolsonaro no STF, o Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (Ofac, na sigla em inglês), que pertence ao Tesouro dos EUA, enviou uma notificação aos bancos brasileiros questionando se a Lei Magnitsky, decretada contra Moraes, estaria sendo cumprida.
A depender da resposta, o Tesouro dos EUA pode estender as sanções às instituições bancárias do Brasil, caso entenda que houve descumprimento das determinações do governo Donald Trump.
Anistia
O novo levante de Eduardo Bolsonaro contra Moraes nos EUA ocorre em meio às pressões de Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos) e Centrão para que o PL da Anistia, para livrar o ex-presidente da prisão, entre na pauta do Congresso.
Em meio ao julgamento do núcleo crucial, Tarcísio desembarcou em Brasília e fez dobradinha com Arthur Lira (PP-AL) nos achaques ao atual presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que já começa a ceder sobre a anistia.
“Agora que parece claro que haverá uma nova Lei da Anistia, um aviso importante: o que precisamos é que ela seja AMPLA, GERAL e IRRESTRITA. Qualquer coisa que não seja isso, é perda de tempo e não conta com o nosso apoio. As pedradas dos EUA, portanto, continuarão vindo. Grato!”, escreveu Figueiredo no X no final da noite desta terça.
As “pedradas”, segundo Figueiredo, devem se estender a outros membros do judiciário. Ao responder a comentário de seguidor, que diz que “as vossas majestades do judiciário não entenderam o recado”, o cúmplice de Eduardo lança ironia.
“Você que pensa… estão entendendo muito bem e com o * na mão”.
Necessidade de uma pedra maior. As vossas majestades do judiciário não entenderam o recado.
— Vpdn. 🤐 (@valterpn) September 2, 2025