BASTIDORES | ORA, PÍLULAS!
Iracema reage (1)
É o estilo Iracema Vale: não deixar pedra sobre pedra nas questões judiciais envolvendo a Assembleia Legislativa e sua gestão na Presidência. A Procuradoria da Casa protocolou, na quarta-feira, 04/09, agravo regimental no STF contestando decisão monocrática do ministro Flávio Dino referente às Ações Diretas de Inconstitucionalidade (ADIs) nº 7603, 7605 e 7780. Requer a revisão do despacho que desmembrou as petições e enviou os documentos à Polícia Federal para investigação.
Iracema reage (2)
O documento, firmado pelo procurador da Alema, Bivar George Jansen, argumenta que a decisão de Dino vai além dos limites de controle de constitucionalidade, ao permitir a realização de investigações criminais dentro de um processo que é essencialmente de natureza abstrata. A função seria de competência do MP, e não da PF. Alega ainda que a Assembleia Legislativa não requisitou investigações contra o governador Carlos Brandão e refuta narrativas infundadas e politizadas.
Marcando vez
Pelo menos duas mulheres da política maranhense já tomam lugar na fila de pré-candidatas a vice-governadora na chapa liderada por Orleans Brandão ao Palácio dos Leões em 2026. A secretária estadual e deputada licenciada Abigail Cunha e Maura Jorge entraram firmes nas especulações. Abigail tem uma folha de serviços em cargos executivos, enquanto Maura foi deputada estadual quatro vezes e prefeita de Lago da Pedra também quatro. Mesmo sem assumirem como pré-candidatas, ambas têm o perfil que cabe na chapa. Coincidência: elas são legítimas representantes do bolsonarismo no Maranhão.
Sob nova direção
A Justiça Eleitoral do Maranhão já oficializou a composição da nova diretoria do PSB do Maranhão, depois que a legenda passou do comando de Carlos Brandão para as mãos da senadora Ana Paula, que deixou o Solidariedade. A executiva regional tem na cabeça Ana Paula (presidente), os vice-presidentes Carlos Eduardo de Oliveira Lula e Francisco Nagib Buzar (ambos deputados estaduais) e o ex-deputado Aderson Lago (pai de Rodrigo Lago) como secretário-geral. No total, são oito membros na Executiva.
Bandeira branca
Os dias de relações tensas entre o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), chamado de “rato” pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL), ficaram para trás. Eduardo estendeu a “bandeira branca” na guerra pelo bolsonarismo na eleição presidencial de 2026. Depois de entrar tinindo como pré-candidato presidencial, defendendo a anistia ampla e geral aos golpistas de 2022/2023, Tarcísio viu o filho “03” de Jair Bolsonaro dizer que ele “fez um cálculo político” correto ao defender a anistia ao ex-presidente.
Fantasia rasgada
Para Fernando Haddad, Tarcísio rasgou a fantasia de político de centro. Já a ministra Gleisi Hoffmann avalia que Tarcísio quer dar um presente a Donald Trump, enquanto o deputado Lindbergh Farias – todos do PT – entende que o governador de São Paulo quer dar um novo golpe com a proposta de livrar todos os condenados pela tentativa de golpe da cadeia, principalmente o líder da empreitada, Jair Bolsonaro.
Inimigo oculto
Nem os serviços de contraespionagem, que bisbilhotam a vida política de cada personagem do enredo de 2026 no Maranhão, detectaram com clareza de onde partiu a informação de um suposto afastamento, por três meses, do governador Carlos Brandão pelo STJ, com o agravante de que, no final desse período, a punição seria prorrogada por mais três meses. A única evidência é que partiu da oposição a Brandão, mas falta a biometria de quem pôs a fake news para rodar à doidada nas redes e provocar o enorme alarido da semana no meio político.
Inimigo oculto (2)
O tal afastamento seria o mote para permitir a ascensão do vice-governador Felipe Camarão ao Palácio dos Leões. Mas não há desatino criminoso de Brandão capaz de provocar o seu afastamento. Nem sequer há indícios de que ele esteja sendo investigado por crimes administrativos ou civis, tenha desobedecido ordens judiciais ou cometido afronta à Constituição que o enquadraria em crime de responsabilidade.
Ganhando tempo
Está correndo o prazo de 30 dias que a Federação PP/União Brasil deu ao ministro André Fufuca e demais membros dos dois partidos para abandonarem o governo Lula. Até agora, Fufuca não moveu uma palha para arrumar as gavetas do Ministério dos Esportes. Está lá firme e forte, despachando e executando os projetos governamentais.