Governo Trump substitui foto de Biden por “caneta automática” em galeria presidencial
DCM – O governo dos Estados Unidos, sob Donald Trump, ironizou Joe Biden ao substituir a foto oficial do democrata por uma imagem de uma caneta automática em galeria da Casa Branca. O objeto, conhecido como “autopen”, ficou exposto entre dois retratos do republicano no chamado Presidential Walk of Fame. A alteração foi divulgada nesta quarta-feira (24) nas redes oficiais do governo.
Em uma das imagens publicadas, Trump aparece observando os quadros da galeria. Outra publicação, feita pela assessora Margo Martin, mostrou o espaço com a foto da caneta no lugar de Biden, acompanhada de emojis que sugeriam ironia. O vídeo rapidamente viralizou na rede social X.
O “autopen” é um aparelho usado para replicar assinaturas, adotado há décadas pela Casa Branca. Biden, em entrevista ao “The New York Times”, admitiu ter utilizado o dispositivo no fim de seu mandato para assinar perdões presidenciais, alegando que deu ordem verbal para cada decisão.
The Presidential Walk of Fame has arrived on the West Wing Colonnade
Wait for it… 🖊️👀 pic.twitter.com/ApWfdxfFQa
— Margo Martin (@MargoMartin47) September 24, 2025
Trump, no entanto, acusa o antecessor de não ter tomado as decisões pessoalmente, alegando que auxiliares usaram o aparelho em seu nome. O republicano afirmou que isso tornaria os perdões inválidos e determinou a abertura de uma investigação conduzida pela procuradora-geral Pam Bondi e pelo conselheiro da Casa Branca, David Warrington.
Entre os beneficiados pelos perdões assinados nos últimos dias do governo Biden estavam cinco familiares, ex-assessores e milhares de presos condenados por crimes não violentos. O democrata defendeu que cada caso foi avaliado por ele e disse que a medida foi tomada para reduzir sentenças desproporcionais.
Trump argumenta que Biden não estava apto a exercer a Presidência nos meses finais de sua gestão, tese já contestada por laudos médicos que atestaram sua capacidade cognitiva. O episódio da “caneta automática” reaviva a disputa política e jurídica em torno do legado do ex-presidente democrata.