Roubo no Museu do Louvre: entenda quais joias históricas foram levadas pelos ladrões
Revista Fórum – Criminosos invadiram o Museu do Louvre na manhã deste domingo (19) e roubaram nove joias da Galeria Apollo.
Um dos museus mais visitados do mundo amanheceu em alerta neste domingo (19). OMuseu do Louvre, em Paris, foi invadido por ladrões que teriam roubado nove das 23 joias imperiais expostas na Galeria Apollo — entre elas peças associadas a Napoleão Bonaparte e à Imperatriz Maria Luísa. Segundo fontes ligadas à investigação, a coroa da imperatriz foi encontrada danificada do lado de fora do prédio.
A Galeria Apollo, cenário que simboliza o poder de Luís XIV, o “Rei Sol”, abriga alguns dos tesouros mais valiosos da França. O espaço exibe diamantes lendários como o “Regente”, considerado um dos mais puros do mundo e que, segundo informações preliminares, continua intacto. Também fazem parte do acervo o “Sancy”, de 55,23 quilates, usado na coroação de Napoleão, e o “Hortensia”, diamante rosa que adornou as vestes da realeza francesa.
Tesouro histórico em risco
Entre as peças em exposição, estavam ainda conjuntos de esmeraldas e diamantes criados no século XIX para a imperatriz Maria Luísa. As 23 joias da mostra representam diferentes períodos da história da França — do Antigo Regime ao Segundo Império — e incluem adornos usados por Eugénie de Montijo, última imperatriz francesa.
A Galeria Apollo passou por uma renovação em 2019, quando o Louvre instalou novas vitrines para reunir os Diamantes da Coroa em uma apresentação única, reforçando a narrativa histórica da coleção. O museu descreve o espaço como o “berço original” desse tesouro nacional, cuja origem remonta a 1532, durante o reinado de Francisco I.
Mesmo após séculos de guerras, revoluções e perdas — parte do conjunto foi vendida pelo Estado em 1887 — as joias sobreviventes continuavam protegidas por um dos sistemas de segurança mais sofisticados da Europa. O roubo deste domingo, contudo, expõe novamente a vulnerabilidade do patrimônio que simboliza o poder e o esplendor da monarquia francesa.
Como aconteceu
Segundo o ministro do Interior, Laurent Nuñez, os criminosos usaram um elevador de carga acoplado a um caminhão para alcançar a Galeria Apollo, onde estão as peças mais valiosas do acervo. A operação durou cerca de sete minutos.
O crime aconteceu por volta das 9h30 da manhã (horário local), pouco após o Louvre abrir ao público. O prédio foi esvaziado e ninguém ficou ferido. Imagens divulgadas por emissoras francesas mostram o equipamento usado na fuga encostado em uma varanda com vidros quebrados.
Os assaltantes, descritos como “profissionais e experientes”, teriam arrombado uma janela com uma esmerilhadeira antes de entrar no prédio. Estima-se que três ou quatro pessoas tenham participado da ação. Depois de recolherem as joias, fugiram em motocicletas, sem deixar feridos. “Eles sabiam exatamente o que procuravam e agiram com rapidez impressionante”, afirmou Nuñez.
Uma das peças foi encontrada nas proximidades do museu, segundo a ministra da Cultura, Rachida Dati, que acompanha as investigações. As autoridades ainda elaboram a lista oficial dos itens roubados, mas confirmam que os objetos levados têm “valor histórico e simbólico incalculável”.
O museu anunciou o fechamento emergencial neste domingo “por motivos excepcionais”, enquanto a polícia realiza perícias e recolhe evidências no local. Segundo o Ministério do Interior, a medida busca preservar a cena do crime e agilizar as investigações.