25 de outubro de 2025
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Em meio à tensão com Venezuela, Trump desloca maior porta-aviões do mundo para a América do Sul

Revista Fórum – Movimento reforça presença estadunidense em águas próximas à Venezuela e eleva tensões regionais.

Em mais um passo de escalada militar no Mar do Caribe, os Estados Unidos anunciaram o envio do porta-aviões USS Gerald R. Ford,  maior e mais avançada embarcação porta-aviões do mundo, e parte do seu grupo de ataque para as águas da América do Sul. A decisão foi confirmada pelo Pentágono nesta sexta-feira (24), aumentando a tensão diplomática na região.

O secretário da Guerra do governo Trump, Pete Hegseth, determinou o deslocamento do grupo ao Comando Sul dos EUA com o objetivo de “reforçar a capacidade de detectar, monitorar e interromper atividades ilícitas que ameacem a segurança e a prosperidade dos Estados Unidos”, afirmou o porta-voz do Pentágono, Sean Parnell, em publicação nas redes sociais. O USS Ford é acompanhado por cinco contratorpedeiros e estava até então destacado no Mar Mediterrâneo.

Horas antes do anúncio, Hegseth revelou que os EUA haviam realizado o 10º ataque contra um barco suspeito de tráfico de drogas desde setembro, elevando para pelo menos 43 o número de mortos. O secretário alegou, sem provas, que a embarcação atingida na noite anterior era operada pela gangue Tren de Aragua, grupo criminoso que surgiu em uma prisão venezuelana e que Washington agora classifica como organização terrorista estrangeira.

Hegseth comemorou o ataque, o primeiro feito à noite, e usou um tom beligerante em suas declarações. “Se você é um narcoterrorista contrabandeando drogas para o nosso hemisfério, nós o trataremos como tratamos a Al-Qaeda”, afirmou. “Dia ou noite, rastrearemos suas redes, caçaremos seu pessoal e o mataremos.”

Aumento da capacidade militar

De acordo com o Pentágono, ao menos quatro das embarcações atingidas teriam partido da Venezuela, o que ampliou as especulações sobre os reais objetivos da operação.

Mesmo com apenas uma parte do grupo de ataque enviada, isso representa um grande aumento na capacidade operacional de um aparato militar já robusto. Existem vários contratorpedeiros da classe Arleigh Burke, bem como um cruzador da classe Ticonderoga , na região que também poderiam se juntar ao porta-aviões e suas escoltas.

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