29 de outubro de 2025
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Praça vira necrotério: mais de 70 corpos são achados após ação no Rio

Metrópoles – A megaoperação, que mobilizou 2,5 mil policiais civis e militares, escancarou a intensificação do confronto entre o Estado e o CV.

Moradores do Complexo da Penha, na Zona Norte do Rio de Janeiro, levaram ao menos 70 corpos para a Praça São Lucas, no interior da comunidade, na madrugada desta quarta-feira (29/10). Procuradas pela coluna, as polícias Civil e Militar informaram que ainda contabilizam o número total de mortos.

Segundo relatos, os cadáveres foram encontrados na área de mata localizada entre os complexos do Alemão e da Penha, onde, na terça-feira (28), foi realizada a maior e mais letal operação policial da história do estado.

De acordo com o último balanço preliminar do governo fluminense, ao menos 64 pessoas morreram e 81 foram presas. Entre os mortos, há quatro policiais, dois civis e dois militares.

Escalada de guerra urbana

A megaoperação, que mobilizou 2,5 mil policiais civis e militares, escancarou a intensificação do confronto entre o Estado e o Comando Vermelho (CV). Investigadores afirmam que a facção opera com poder de fogo capaz de enfrentar tropas de elite de forma prolongada e coordenada.

Pela primeira vez em uma ação dessa dimensão no Rio, criminosos utilizaram drones adaptados para lançar explosivos contra equipes da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core). A tática, segundo policiais, permitiu monitorar o deslocamento das equipes em tempo real e atingir pontos estratégicos do cerco montado pelo Estado.

No total, mais de 90 armas foram apreendidas, incluindo fuzis de guerra, grande quantidade de munição e explosivos. Também foram recolhidos rádios comunicadores e 200 kg de drogas.

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