5 de dezembro de 2025
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BASTIDORES | ORA PÍLULAS!

Rumo indefinido (1)
A deputada Iracema Vale, presidente da Assembleia Legislativa, o governador Carlos Brandão e o grupo político sob sua liderança ainda não procuraram a Justiça Eleitoral para deixar o PSB por justa causa, depois que o partido passou ao comando da senadora Ana Paula Lobato Nova Alves, mulher do deputado Othelino Neto, líder do bloquinho de oposição na Alema. Lobato parece não estar com o mínimo de pressa em fornecer-lhes a carta de anuência.

Rumo indefinido (2)
Apenas Brandão, por estar no Executivo, não precisa da carta de anuência para trocar de partido e não correr risco de perder o mandato. Os mandatários do Legislativo precisam da autorização. A Lei dos Partidos Políticos diz que o mandato pertence ao partido e não ao mandatário. No caso em tela, são vários deputados estaduais, prefeitos e vereadores que formam um “pacote” de “emigrantes partidários”. Para onde Brandão e Iracema forem, levam um batalhão. Os deputados e vereadores esperam a “janela partidária” que se abre em março para a refiliação.

MDB os espera
Para o deputado Hildo Rocha, único federal do MDB maranhense na Câmara, o grupo liderado por Carlos Brandão deve ingressar mesmo no seu partido, hoje presidido pelo secretário de Assuntos Municipalistas, Orleans Brandão, pré-candidato ao governo em 2026. Caso se confirme essa previsão, o MDB voltará ao centro do poder estadual no qual passou toda a sua existência com o grupão Sarney até 2015.

Sou político por convicção, não sou de repetir mandato”, dispara Josimar de  Maranhãozinho | O ImparcialNem aí
Os quatro deputados federais do PL maranhense – Josimar de Maranhãozinho, Detinha, Júnior Lourenço e Pastor Gil -, além dos estaduais e de 40 prefeitos, mantiveram um completo silêncio sepulcral antes e durante o julgamento que resultou na prisão do seu líder maior, Jair Messias Bolsonaro. Pior ainda é que todos se fazem de moucos diante de toda a barulheira dentro do clã Bolsonaro na guerra travada pelo espólio eleitoral do “mito”.

Pombo-correio (1)
Como diria o Barão de Itararé, “de onde menos se espera é que realmente não sai nada”. Foi o que aconteceu com o empresário da gigante mundial da carne, Joesley Batista. Ele pegou seu robusto jato e desembarcou em Caracas para uma missão aparentemente impossível: pedir ao ditador Nicolás Maduro — metido na maior encrenca latino-americana com os Estados Unidos — que renuncie ao mandato.

Pombo-correio (2)
O presidente Donald Trump, que já se reuniu com Joesley na Casa Branca logo após decretar o tarifaço sobre as importações brasileiras, sabia que os planos do megaempresário com Maduro eram, de fato, um esforço para atenuar a pressão dos EUA contra a Venezuela, no maior movimento de pré-guerra na vizinhança do país. Porém, ele tentou convencer Maduro a renunciar e abrir caminho para uma transição pacífica de poder.

Pombo-correio (3)
Coincidência da viagem de Joesley, fundador da gigante JBS, é ter ocorrido um dia depois de Trump haver ligado para Maduro tentando instá-lo a abandonar o poder sob algumas condições, as quais o interlocutor não topou. O empresário, porém, diz que teria viajado por iniciativa própria. Acontece que o grupo J&F tem um invejável portfólio de investimentos também nas áreas de celulose, energia, gás, mineração e petróleo — produto que a Venezuela possui como maior reserva mundial, o que interessa muito aos EUA.

Canetada irada (1)
Ao mudar a regra legal que define as possibilidades de os ministros do STF serem alvos de impeachment, o decano da Corte, Gilmar Mendes, abriu uma nova crise que sacode a Praça dos Três Poderes. Gilmar alterou a lei de 1950 para determinar que só a PGR tem poder para pedir afastamentos dos membros da Suprema Corte. Com isso, ele quer mandar para a gaveta do Senado nada menos que 81 pedidos de impeachment contra o STF.

Canetada irada (2)
Como o Congresso se transformou em um ambiente tosco, em que a promiscuidade rola entre dezenas de seus membros e organizações mafiosas como o PCC e o CV, Gilmar arriscou dar uma cambalhota de enorme repercussão política. Afinal, dos 81 pedidos de impeachment desde 2021 que mofam na gaveta do Senado, Gilmar aparece como o terceiro destinatário, com 10. O campeão é Alexandre de Moraes, com 43; Luís Roberto Barroso (aposentado), 20; Flávio Dino, 8; Dias Toffoli, 6; Cármen Lúcia, 5; Edson Fachin, 4; Cristiano Zanin, 3; Luiz Fux, 2; Kassio Nunes e André Mendonça, 1 cada.

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