Em menos de um ano, Lula entrega ponte de Estreito
Por Raimundo Borges

O Imparcial – A tragédia provocada pelo desabamento da Ponte de Estreito (Juscelino Kubitschek), que liga Maranhão e Tocantins pela BR-226, vai completar um ano no próximo dia 22. O desastre matou 17 pessoas e duas continuam desaparecidas no Rio Tocantins. Se, por um lado, o desastre marcou a omissão do poder público em relação a uma ponte que há tempos mostrava sinais visíveis de desgaste em sua estrutura, por outro, revelou que, quando há vontade política, as coisas acontecem.
Em apenas duas semanas após a tragédia, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) contratou a construtora e as obras, em caráter emergencial, foram iniciadas e, agora, já estão sendo concluídas.
Hoje, faltando 12 dias para completar um ano do colapso, uma nova ponte, de 630 metros de extensão, está quase pronta. A previsão é de inaugurá-la no dia 22 de dezembro, ao preço de R$ 171 milhões, com o emprego de um contingente de 300 operários, técnicos e engenheiros. A Ponte JK é fundamental para a economia e tem papel estratégico como corredor logístico vital para o transporte de grãos e mercadorias entre o Norte, o Nordeste e as principais regiões do Brasil, especialmente na área do agro, conhecida como Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), que utiliza o Porto do Itaqui para exportações de grãos e carne.
No sentido oposto, há três semanas, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva inaugurou outra ponte importante na mesma região, desta vez sobre o Rio Araguaia, conectando Xambioá (TO) e São Geraldo do Araguaia (PA), na BR-153, projeto iniciado no governo da presidente Dilma Rousseff. A travessia de cargas e passageiros era feita por barcaças, sistema parecido com o atualmente usado no Tocantins, em substituição à ponte que se rompeu. A nova está sendo concluída em ritmo acelerado, adotando o regime de tempo integral, fazendo a conexão entre Estreito, no Maranhão, e Aguiarnópolis, no Tocantins. É, literalmente, algo fora da curva quando se trata de obra pública no Brasil.
É uma resposta à tragédia, um compromisso com a população e que serve de lição para outros empreendimentos em um país cansado de se indignar com obras inacabadas, abandonadas e dinheiro público desperdiçado por descontinuidade de realizações de um governo por outro. É raro ver algo parecido: um cronograma estabelecido de 10 meses ser rigorosamente cumprido. Após o desabamento, em apenas nove dias, as obras foram iniciadas, com o projeto de engenharia e a preparação do canteiro. Para isso, foi determinante o comprometimento do DNIT, da construtora, dos trabalhadores e a liberação dos recursos pelo governo federal.
A ponte é vital para a economia da região, principalmente para negócios de todos os tamanhos e formatos nos dois lados do Rio Tocantins. Para acelerar a conclusão da Ponte de Estreito, sem abrir mão da qualidade e da segurança viária, uma das soluções adotadas foi a fabricação de elementos pré-moldados em paralelo à execução dos serviços in loco. Ao todo, foram produzidas 2.062 unidades de pré-lajes e 45 vigas pré-fabricadas, todas já instaladas. Com a finalização da instalação das aduelas, suas protensões e detalhes estruturais, a parte central já foi conectada, unindo os acessos dos dois lados da travessia.
As equipes já iniciaram a colocação das juntas de dilatação, a instalação do guarda-corpo metálico e a continuidade das barreiras New Jersey. As proteções em concreto são fundamentais para a segurança do tráfego. Na etapa final, serão realizados os serviços de pavimentação, sinalização e a prova de carga. O caminhoneiro Antônio Carlos, de uma carreta de duas caçambas, acostumado a transitar pela ponte antiga carregando soja para o Porto do Itaqui, disse, em tom de brincadeira: “Quero ver quem será o corajoso para fazer o teste de resistência estrutural da nova ponte”. Só falta o Planalto agendar a inauguração.

Parabéns ao governo federal pelo compromisso e seriedade em sua administração, principalmente no q se refere à melhorias para o progresso do nordeste. Q Deus abençoe nosso povo e nosso presidente, o único que olhou para essa região desde seu primeiro governo!🙏🥰✨️