25 de setembro de 2025
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Redes de Carla Zambelli são liberadas por Alexandre de Moraes

Revista Fórum – Ministro do STF autorizou que os perfis e canais da deputada criminosa, que está presa na Itália, voltem ao ar. Mas há uma condição que dificilmente será cumprida.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, decidiu liberar as redes sociais da deputada federal criminosa e condenada Carla Zambelli (PL-SP), que está presa na Itália desde o fim de julho. A medida suspende o bloqueio que havia sido imposto a seus perfis e canais, mas estabelece uma condição que dificilmente será cumprida pelos administradores dessas páginas: a exclusão de todas as publicações consideradas ilegais e que motivaram a decisão judicial anterior.

No documento onde consta a liberação, Moraes afirmou que “no atual momento processual não há necessidade da manutenção dos bloqueios”, restringindo apenas a retirada do conteúdo classificado como ilícito. O despacho foi direcionado a plataformas como Gettr, Meta, Linkedin, TikTok, X, Telegram e YouTube, cujas representações jurídicas foram notificadas para dar cumprimento à ordem.

Embora a liberação tenha sido concedida, o ministro impôs uma multa diária de R$ 20 mil caso Zambelli volte a utilizar os perfis para disseminar ataques às instituições ou discursos de ódio contra o Estado Democrático de Direito. O tema chegou a ser mencionado pela própria parlamentar em um depoimento recente na Câmara dos Deputados, ocasião em que criticou duramente Moraes e fez referência ao bloqueio de suas contas.

Condenada pelo STF pela invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Zambelli fugiu para a Itália antes que a decisão se tornasse definitiva. A fuga resultou em sua inclusão na difusão vermelha da Interpol e, em 29 de julho, a deputada foi localizada e presa nos arredores de Roma. Desde então, está detida na penitenciária feminina de Rebibbia, aguardando o julgamento do processo de extradição que pode trazê-la de volta ao Brasil. A extremista também foi condenada, mais recentemente, por ter perseguido de arma em punho um eleitor opositor na véspera do 2° turno da eleição presidencial de 2022, numa movimentada rua de uma zona nobre de São Paulo.

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