17 de outubro de 2025
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CPMI do INSS rejeita convocar irmão de Lula após bate-boca e orientação do governo

IstoÉ – Requerimento para levar Frei Chico a prestar depoimento foi rejeitado por 18 votos a 11.

Os integrantes da CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) do INSS rejeitaram nesta quinta-feira, 16, um requerimento para convocar José Ferreira da Silva, o Frei Chico, irmão do presidente Lula (PT), a prestar esclarecimentos sobre as suspeitas de envolvimento com os desvios de mais de R$ 6 bilhões nos benefícios de aposentados e pensionistas.

A ida de Frei Chico à CPMI era avaliada como uma das principais armas da oposição para associar diretamente o escândalo do INSS à gestão petista. Com orientação do governo contrária à convocação, foram 18 votos a 11 pela rejeição do requerimento.

Pouco antes da votação, o líder do PL na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante (RJ), e o líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (PT-AP), chegaram a bater boca após o deputado afirmar que “petistas e governo são um bando de hipócritas”. Veja o momento abaixo:

Frei Chico e a farra do INSS

José Ferreira da Silva é diretor vice-presidente do Sindnapi (Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos). A entidade e seus dirigentes foram alvo da Operação Sem Desconto, da Polícia Federal, principal investigação sobre a farra do INSS, e teve R$ 390 milhões em bens, imóveis e valores bloqueados na terça-feira, 14, por decisão do ministro André Mendonça, do STF (Supremo Tribunal Federal).

O valor do bloqueio é correspondente ao total de descontos que foram feitos pela entidade entre 2021 e 2025. Mendonça disse, em sua decisão, que há fundadas suspeitas de relevante participação dos representados nos ilícitos apurados. Mendonça também autorizou a quebra de sigilos fiscal e bancário do sindicato e de dirigentes entre os anos de 2020 até hoje.

Em nota divulgada em sua rede social, o sindicato disse que está colaborando integralmente com todas as investigações e colocando à disposição das autoridades todos os documentos e informações. “O Sindnapi não deve nada, está colaborando com todas as investigações e confia que todos os fatos serão plenamente esclarecidos”, disse a nota.

 

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