Cortar feijão do prato é um erro para quem busca emagrecer, diz estudo
DCM – Pessoas que abandonaram o consumo regular de feijão tiveram até 20% mais chance de desenvolver obesidade e, em 10%, a de excesso de peso.

Em meio ao debate sobre dietas restritivas e cortes radicais, uma nova abordagem vem ganhando força entre milhares de pessoas que comprovam ser possível perder peso sem abrir mão dos alimentos mais tradicionais da mesa brasileira, como pão, arroz e feijão.
Para ilustrar o poder desses alimentos, imagine um prato composto por 150 g de arroz + 100 g de feijão + um fio de azeite, 100g de uma fonte de proteína magra como filé de frango e vegetais. Essa combinação oferece, dependendo do tipo de arroz e feijão, algo entre 300 e 400 kcal, com boa dose de proteínas, fibras, vitaminas do complexo B e minerais. Estudos da Embrapa já demonstraram que arroz e feijão são nutricionalmente complementares, fornecendo proteínas de alta qualidade, ferro, fibras e outros nutrientes essenciais.
Além disso, o feijão é um aliado poderoso da saciedade. Um estudo da Faculdade de Medicina da UFMG — Universidade Federal de Minas Gerais — mostrou que pessoas que abandonaram o consumo regular de feijão tiveram até 20% mais chance de desenvolver obesidade e, em 10%, a de excesso de peso, em comparação com quem mantinha o consumo em 5 a 7 dias por semana.
Curiosamente, embora esses alimentos sejam parte da identidade alimentar brasileira, eles têm perdido espaço nos últimos anos. O consumo de arroz caiu 4,7% e o de feijão recuou 4,2% no primeiro semestre de 2025 em relação ao mesmo período de 2024, segundo dados da Scanntech (via Embrapa), compilados pela CNN Brasil. Mesmo assim, o arroz e o feijão seguem entre os mais consumidos no país, onde o consumo médio per capita diário é de cerca de 131,4 g de arroz e 142,2 g de feijão, conforme levantamentos da Embrapa.

