5 de fevereiro de 2025
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“Feliz”, diz Carlos Fávaro sobre boicote de frigoríficos ao Carrefour

Declaração do ministro da Agricultura ocorre após o CEO do Carrefour, Alexandre Bompard, dizer que não comercializará a carne do Mercosul.

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, declarou nesta segunda-feira (25/11) estar “feliz” com a decisão de frigoríficos brasileiros de suspender o fornecimento de produtos ao Carrefour no Brasil. É uma retaliação à decisão do CEO do gigante de varejo na França, Alexandre Bompard, de boicotar a carne brasileira, após 40 anos de comércio. Fávaro classificou a posição do francês como um “absurdo”.

Enquanto agricultores franceses fazem pressão pelo não fechamento do acordo comercial entre a União Europeia (UE) e o Mercosul, Bompard se comprometeu, na quarta-feira (20/11), a “não comercializar nenhuma carne” do bloco sul-americano, do qual o Brasil faz parte.

Em carta enviada a Arnaud Rousseau, presidente do sindicato agrícola francês, FNSEA, Bompard ainda sugeriu que os restaurantes daquele país também assumam o compromisso de não comercializar produtos provenientes dos frigoríficos brasileiros.

Oficialmente, os produtores franceses de carne alegam que há suspeitas sobre os padrões ambientais, sociais e de saúde dos produtos originados nos países do Mercosul.

Contudo, o verdadeiro motivo para o boicote à carne comercializada pelo Brasil é a posição protecionista adotada pelos produtores franceses. Na carta a Arnaud Rousseau, Bompard diz: “Em toda a França, ouvimos a consternação e a indignação dos agricultores diante da proposta de acordo de livre comércio entre a União Europeia e o Mercosul”.

A França passou por protestos em série dos produtores locais. O motivo é o aumento da chance da assinatura do acordo de livre comércio entre União Europeia e Mercosul. Os agricultores franceses consideram haver uma concorrência desleal.

Posição do Mapa

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa)reagiu, na semana passada, à decisão do Carrefour francês de não mais comercializar a carne produzida nos países do Mercosul, como Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai.

“O Mapa não aceitará tentativas vãs de manchar ou desmerecer a reconhecida qualidade e segurança dos produtos brasileiros e dos compromissos ambientais brasileiros”, contra-atacou o Ministério da Agricultura, em nota.

Leia a íntegra em Metrópoles

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