27 de agosto de 2025
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“Atentar contra a democracia é crime, não opinião”, diz Alckmin sobre 8/1

Revista Fórum – O vice-presidente da República ainda criticou os ataques golpistas e destacou papel do Supremo Tribunal Federal na condução do julgamento dos envolvidos.

O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), relembrou os momentos de tensão do 8 de janeiro de 2023, quando grupos golpistas invadiram as sedes dos Três Poderes em Brasília, durante conversa com a Fórum na noite desta terça-feira (8). Ele foi enfático ao dizer que a tentativa de ruptura institucional não faz parte de um debate político, mas sim um crime previsto na legislação brasileira, que será julgado pela instância máxima da Justiça.

“Isso está escrito na legislação brasileira. Não é uma discussão política, é jurídica, e será decidida pela maior Corte de justiça do país, que é o Supremo Tribunal Federal”, ressaltou Alckmin.

Alckmin revelou que estava em São Paulo, participando de uma missa na Catedral de São Miguel Paulista, quando recebeu um bilhete alertando sobre os acontecimentos. “Achei, no primeiro momento, que não era tão grave. Quando terminou a missa e fui verificar a situação, retornei imediatamente a Brasília. É, realmente, inadmissível. Atentar contra a democracia é crime”, revelou.

Resposta unificada e papel do STF

A reação das instituições brasileiras foi rápida e fundamental para conter a tentativa de golpe e reafirmar o compromisso com o Estado Democrático de Direito, de acordo com Alckmin. Ele destacou a atuação firme dos Três Poderes e elogiou a gestão da segurança no Distrito Federal naquele momento crítico:

“A resposta dos Três Poderes foi muito rápida e muito forte. Todo mundo se uniu nessa defesa, e o Ricardo Cappelli teve um papel muito importante ao assumir as forças de segurança aqui no Distrito Federal”, analisou.

Ditadura nunca mais: memória e compromisso com o futuro

Como deputado constituinte eleito em 1986, Alckmin recordou o passado autoritário do Brasil e ressaltou a importância da memória democrática, sobretudo para as novas gerações que não viveram os anos de chumbo.

“A geração mais nova não lembra do que foi a ditadura militar, e ela é muito triste. Me lembro do doutor Ulysses Guimarães dizendo que a sociedade é Rubens Paiva, não os facínoras que o mataram”, relembrou.

Alckmin finalizou a entrevista reiterando que a democracia não é constituída apenas de preservar direitos políticos, mas também garantir condições para o desenvolvimento sustentável e a inclusão social. “A democracia tem segurança jurídica, atrai investimento, promove a alternância do poder, gera desenvolvimento. Só a democracia promove a inclusão”,  completou.

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