O beabá para não desperdiçar votos
Por Raimundo Borges
O Imparcial – As convenções municipais terminam no próximo dia 5, quando cada partido, federação ou coligação já terão a lista dos candidatos a prefeito e a vereador. A campanha de fato começa no dia 16 de agosto com a propaganda gratuita nas emissoras de rádio e TV, com algumas regras que são novidades em relação às eleições anteriores.
Pela primeira vez, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) vai restringir, com penalidades, violência política contra a mulher, divulgação de notícias falsas e a divisão irregular dos recursos de campanha para candidaturas femininas. Outra novidade é o modelo da urna eletrônica (UE2024) que estreia este ano com maiores dispositivos de segurança.
Porém, o mais importante do que a nova urna é o voto consciente em candidatos comprometidos com a responsabilidade do mandato, respeito à democracia, propostas de servir à população e que tenham ficha totalmente limpa em sua vida pregressa.
Fazendo essa verificação durante a campanha, o eleitor corre menos risco de confiar o voto em picareta que se utiliza da representação política para roubar. Escolher bem os candidatos é um ato de respeito a si e à cidade. Afinal, são eles, os eleitos, prefeito e vereadores, que recebem a delegação para cuidar do futuro das cidades em que todos moramos.
Basta verificar que o noticiário das mídias, com maior abrangências nas redes sociais, existem todo um aparato de informações sobre a vida de todos os candidatos e partidos. Fazer uma boa escolha já foi, portanto, mais difícil. Hoje, graças as tecnologias digitais, o mundo está em nossas mãos, a partir da rua em que se mora.
Obviamente, que é fundamental pesquisar o histórico pessoal dos candidatos; o histórico político de quem está ou já esteve em mandato eletivo. Os órgãos de controle estão cheios de informações. Conheça o pensamento dos candidatos, o partido, as propostas e as atribuições inerentes ao mandato.
Uma outra forma de avaliar o candidato é saber se ele tem um bom conhecimento acerca das necessidades do seu município, uma vez que as promessas devem ser baseadas naquilo que a cidade e os moradores precisam. Vale lembrar que São Luís, capital maranhense, por exemplo, é parte da Ilha Upaon-Açu com quatro municípios dentro.
As necessidades dessas cidade estão intrinsicamente interligadas, a ponto de exigir administrações municipais compartilhadas em temas comuns, como transporte, educação, saúde, lazer, saneamento básico, urbanização, produção e comercialização de alimentos, dentre outros.
A única coisa da qual eleitor deve correr é da estupidez do fanatismo fundamentalista que tomou conta da político brasileira, que acarreta o ódio, solapa o bom senso, espanca a verdade, distorce fatos, propaga mentiras e avacalha os fundamentos da civilização humana. A democracia brasileira custou muito caro para muitos que lutaram por ela. Muitos que perderam a vida para ter um Brasil mais justo, igualitário, respeitado, desenvolvido e unido em tudo. Para não repetir os erros das eleições passados em que dezenas de prefeitos acabaram presos, afastados, cassados ou processados por corrupção no exercício do mandato. Errar é humano, mas votar errado é autoflagelação.
PÍLULAS POLÍTICAS
Quem disse? (1)
Com toda razão, o vice-governador do Maranhão, Felipe Camarão (PT), reagiu ontem, 30, a notícia sem fonte, dando conta de que ele seria sacado da Secretaria de Estado da Educação (Seduc) pelo governador Carlos Brandão (PSB), ao retornar da Índia.
Quem disse? (2)
“Nunca soube disso”, afirmou Felipe Camarão, certamente interessado sobre a autoria dessa informação que, em caso de ser verdadeira, saiu em vazamento desnecessário, pois ele tem boa relação com Brandão. Se for fake news, é tentativa de queimá-lo.
Filiação mantida
A juíza Patrícia Marques Barbosa, da 76ª Zona Eleitoral, acabou com a boataria sobre a suposta não filiação da vice-prefeita de São Luís, Esmênia Miranda no PSD. A magistrada autorizou a inclusão de Esmênia como filiada ao partido do prefeito Eduardo Braide, que a manteve na chapa de 2024.