O lutador cubano que fez história em Paris com quinto ouro olímpico consecutivo em modalidade
BBC – O cubano Mijaín López consolidou-se nesta terça-feira (8/8) como o atleta com mais medalhas de ouro consecutivas numa mesma prova individual na história dos Jogos Olímpicos.
O lutador de 41 anos foi o vencedor na luta greco-romana (130 kg), na qual venceu o cubano naturalizado chileno Yasmani Acosta por 6 a 0.
Apelidado de “Gigante da Ferradura”, com 1,98 m de altura e 131 kg, ele conquistou a quinta medalha de ouro consecutiva, algo que nenhum outro atleta havia conseguido no passado, seja em esportes de luta ou em qualquer outra competição individual.
Pequim 2008, Londres 2012, Rio 2016, Tóquio 2020 e agora, Paris 2024.
Em todas essas participações olímpicas López não teve nenhuma derrota.
Na verdade, nos jogos do Japão nenhum adversário conseguiu tirar dele um ponto.
Nesta edição ele cedeu apenas dois pontos em suas quatro lutas.
De fato, ele só caiu duas vezes nos últimos 16 anos de competição.
O americano Michael Phelps, nadador de maior sucesso da história com 28 medalhas, conquistou quatro medalhas de ouro na mesma prova individual em seus cinco Jogos Olímpicos.
Outros atletas também haviam conquistado quatro ouros, mas nenhum deles chegou à quinta medalha.
Depois de uma grande comemoração, López foi até o centro da quadra, tirou os calçados e colocou-os no centro, sinalizando que este foi o fim de sua carreira de mais de 20 anos.
Um combate entre ‘professor e aluno’
A luta entre López e Acosta foi a mais esperada na Arena La Défense, em Paris, pois marcou um confornto entre dois lutadores da mesma escola cubana.
Acosta, que nasceu na ilha caribenha, treinava com López desde o início da carreira.
Ele considera o campeão seu “ídolo no esporte”.
“Ele é meu amigo, meu irmão… Muitas coisas que sei hoje foram por causa dele. Até 5 minutos antes de lutar a semifinal ele estava me dando conselhos”, disse Acosta antes da luta de terça-feira.
Acosta desertou da delegação cubana no Pan-Americano de 2015, em Santiago, no Chile, onde permaneceu até se naturalizar em 2018.
“Enfrentar o Mijaín é um privilégio. Todo mundo quer compartilhar o que há de melhor e eu gostei muito”, disse Acosta após encerrar a luta e conquistar a medalha de prata.