Nordeste possuem todas escolas nota dez do Ideb
Por Raimundo Borges
O Imparcial – Neste primeiro quarto do século 21, o Brasil busca superar seus problemas cruciais que afetam as questões sociais. As eleições municipais de outubro são parte da consolidação da democracia, trombada em 2023 pela tentativa de golpe de Estado, e uma oportunidade de traçar, pelo voto, um futuro promissor para as cidades onde todos moram.
No entanto, nessa época de tensões mundiais acirradas, ataques aos direitos humanos, a liberdade de expressão, a paz e ao futuro da nação, a ferramenta mais eficaz é a melhoria na educação. Os indicadores do Ideb, divulgados esta semana pelo MEC mostram o quanto é essencial usar a campanha eleitoral para debater esse tema fundamental ao Brasil.
Como o Maranhão conseguiu uma expansão nos indicadores do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), o governador Carlos Brandão foi às redes sociais comemorar. O indicador atingiu a pontuação 3,7 de acordo com os dados divulgados pelo Ministério da Educação sobre o Brasil e ao desempenho de cada Estado.
Para Brandão, o avanço é resultado da adoção de política públicas na ampliação da rede de ensino de tempo integral, combate ao analfabetismo, ambiente escolar digno, treinamento de professores, salário compatível e a atualização permanente dos recursos pedagógicos.
No geral, o Brasil avançou de 2021 para 2023 no Ideb, mas não o suficiente para colocar todas as etapas no ensino dentro da meta estabelecida pelo MEC. As causa foram problemas no ensino fundamental II e no médio, com baixo desempenho nas provas de matemática e de língua portuguesa.
Pensadores sociais referem-se à Educação neste século 21, como “a utopia necessária “, e “um bem indispensável para se alcançar os ideais de paz, liberdade e justiça social”. O Brasil, ideologicamente dividido pelo fundamentalismo político, nunca precisou tanto do aprimoramento e evolução de uma Educação de qualidade aos jovens.
O estudo do MEC revela que, nos anos iniciais do ensino fundamental, o Ideb nacional foi de 6 – um aumento em relação a 5,8 (em 2021) e 5,9 (em 2019). A meta para esta etapa do ensino, em 2021, era justamente 6. No anos finais do ensino fundamental, o número foi de 5, ante 5,1 no levantamento de 2021 e 4,9 em 2019.
A meta para esta etapa do ensino, em 2021, era 5,5. O incrível desse levantamento, divulgado na 4ª feita é que o Nordeste foi a região do país onde estão todas as escolas públicas que obtiveram notas 10, em 2023, nos anos iniciais (1º a 5º ano do ensino fundamental). Dez delas são do Ceará e localizadas no interior.
Esse resultado, aliás, não é novidade naquele Estado em que as melhores escolas repetem o que foi apurado também em 2021. São escolas em cidades diferentes do Ceará, mas que podem adotar pedagogia parecida. No Ideb é considerado o desempenho dos estudantes do 5º e 9º ano do Ensino Fundamental e do 3º do Ensino Médio.
A nota do Ideb considera dois fatores: a taxa de rendimento escolar (aprovação dos alunos) e as médias de desempenho (proficiência) em Português e Matemática. Desse modo, quanto melhor for o desempenho dos alunos e mais alto o número de aprovados, maior é a nota do Ideb.
Uma pergunta que não quer calar: por que o Ceará, centro de uma região estigmatizada pelas suas peculiaridade de clima e de pobreza consegue colocar 31 escolas da rede pública no ranking das 50 melhores do Brasil? Trata-se de um programa governamental e uma ação política que desafia a lógica e a vence. Mostra que o Ceará não é feito só de vento, sol, sertão, chapadas, serras e verdes mares.
O Produto Interno Bruto do estado cresceu 2,42% em 2023, contra 2,9%, do Brasil. Na política, o coronelismo histórico cedeu lugar a governos de continuidade, independentemente de serem aliado ou não. O Ceará é um chão pulsante na cultura, no turismo na economia, no agro, na pesca, na indústria e no empreendedorismo. A meta de crescer faz parte da vida de cada cearense.
Quantas escolas no estado do Maranhão?