26 de dezembro de 2024
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Barragem rompe no Rio Grande do Sul e provoca risco de catástrofe

Revista Fórum – Ordem é para que moradores evacuem regiões próximas; estado enfrenta uma das suas piores tragédias climáticas.

Barragem 14 de Julho, localizada entre Cotiporã e Bento Gonçalves (RS), rompeu na tarde desta quinta-feira (2) por conta dos temporais que atingem a Serra Gaúcha. As autoridades locais emitiram alerta para evacuação urgente da região. 

As fortes chuvas que atingem o estado do Rio Grande do Sul há pelo menos quatro dias já provocaram 21 mortes e deixou outras 21 pessoas estão desaparecidas. De acordo com a Defesa Civil, o risco é que o rio suba entre 2 a 4 metros, causando um desastre ainda maior na região. 

“A informação que a gente precisa passar para todos os moradores que vivem às margens do Rio das Antas e Rio do Taquari é sair o mais rápido possível desse local. Essa é a tendência que aconteça nos próximos minutos e nas próximas horas nos municípios mais abaixo, lá no Taquari”, informou o prefeito Diogo Segabinazzi Siqueira (PSDB), de Bento Gonçalves

O governador Eduardo Leite (PSDB-RS) também se pronunciou e afirmou que o Estado passa por uma situação dramática absolutamente excepcional, pior do que qualquer quadro previsto. “É preciso que todos se coloquem em segurança”. Nesta quarta-feira (1°), ele também declarou que o estado passa pelo seu “maior desastre climático”.

A prefeita de Santa Tereza, município vizinho à barragem, também fez um apelo para que os moradores deixem o local. “A barragem 14 de Julho foi rompida. Por favor, estou pedindo, se tiver ainda alguém em Santa Tereza que está em área de risco, por favor, se desloque para os municípios vizinhos ou venha aqui para o salão da comunidade da Linha Graciema Baixa”, disse Gisele Caumo.

Estado de calamidade

O governador Eduardo Leite declarou, na noite desta quarta-feira (1°), estado de calamidade pública no estado devido aos fortes temporais. Com a medida,  órgãos e entidades da administração pública “prestarão apoio à população nas áreas afetadas” por “eventos climáticos como chuvas intensas, alagamentos, granizo, inundações, enxurradas e vendavais”, causando “danos humanos, com a perda de vidas, e danos materiais e ambientais, como a destruição de moradias, estradas e pontes”, além de comprometer o funcionamento de instituições públicas.

De acordo com dados da Defesa Civil, 134 municípios foram afetados e o estado tem pelo menos 5.257 pessoas desalojadas e 3.079 em abrigos. Ao todo, mais de 44 mil moradores foram afetados pelas chuvas. 

Lula ao Rio Grande do Sul

Ainda nesta quinta-feira (2), o presidente Lula chegou ao Rio Grande do Sul em uma comitiva de ministros para prestar auxílio ao estado. Nesta quarta, ele afirmou que havia oito helicópteros disponíveis para prestar ações de resgate, mas que devido ao tempo, não era possível levantar voo. 

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