3 de agosto de 2025
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BASTIDORES | ORA PÍLULAS!

Estocada de Sarney (1)
Depois de classificar como “injusta e absolutamente inacreditável”, o ex-presidente José Sarney saiu em defesa do ministro do STF, Alexandre de Moraes, durante palestra no Fórum de Presidentes dos Tribunais de Justiça do Brasil, em São Luís. Moraes foi o primeiro brasileiro a ser “punido” com a Lei Global Magnitsky pelo presidente Donald Trump. É a lei mais severa dos EUA, aplicada contra estrangeiros acusados de violação grave dos direitos humanos.

Dureza no saber
Sarney foi duro na crítica a Trump: “Meu avô dizia que não devemos correr atrás de doido porque nunca sabemos aonde ele vai”. Em seguida, o ex-presidente completou: “Devemos manter a crença no regime democrático, que deve ser defendido pela Justiça e também por todos nós”.

Aparências enganam
Aliás, na abertura desse encontro de magistrados, ocorreram fatos, até certo ponto, inusitados. Encontraram-se e se abraçaram José Sarney; o ministro do STF, Flávio Dino; a presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão, deputada Iracema Vale; o prefeito de São Luís, Eduardo Braide; e o anfitrião do encontro, presidente do TJMA, desembargador Froz Sobrinho — uma figura marcada pela cordialidade e bom humor. Nem durante seu primeiro mandato na prefeitura, Braide falou com Flávio Dino no governo.

Ignorado
Eduardo Braide (PSD) ignorou completamente as provocações do pré-candidato a governador Lahesio Bonfim (Novo). Depois das tentativas frustradas de aproximação de Braide, Lahesio mudou de tática. Criticou a demissão do secretário Júnior Vieira, da Secretaria Municipal de Esportes, ligado ao deputado Aluísio Mendes (Republicanos), como Bonfim, seguidor da cartilha bolsonarista.

Rumo incerto (1)
Se perceber que o núcleo do PT maranhense vai na cola do pré-candidato a governador Orleans Brandão (MDB), é possível que o vice-governador petista Felipe Camarão venha a migrar para outra legenda. O grosso do contingente do PT está agarrado a centenas de cargos no governo Carlos Brandão. Portanto, o presidente regional Francimar Melo, apoiado pelo astucioso Washington Oliveira, secretário do governo em Brasília, é simpaticíssimo à candidatura de Orleans Brandão.

Rumo incerto (2)
Washington Oliveira é o que se pode chamar popularmente de “cobra criada”. Como petista, sempre jogou do lado do poder maranhense. Foi vice-governador de Roseana Sarney, renunciou por uma vaga no Tribunal de Contas do Estado e, de lá, vestiu o pijama da aposentadoria antecipada, em troca da Secretaria de Representação do governo em Brasília. Dentro das correntes ideológicas que fervilham no PT maranhense, Washington está sempre na crista da onda, na CNB (Construindo um Novo Brasil).

No radar de Lula
A movimentação e as falas do governador Carlos Brandão sobre permanecer no governo até o fim do mandato e trabalhar para eleger o sobrinho Orleans Brandão (MDB) como sucessor estão no radar do Palácio do Planalto. O governo monitora os demais estados do Nordeste, principal base eleitoral do presidente Lula. O vice-governador Felipe Camarão (PT) disse à Folha de S.Paulo que o racha no grupo dinista no Maranhão tem Lula como o maior prejudicado na próxima eleição. Em 2022, Lula venceu por aqui com 72%.

Bombando
Pesquisa do Instituto Exata, divulgada na quarta-feira, 30, revelou um dado impressionante em Paço do Lumiar, município vizinho a São Luís. O prefeito Fred (PSB) pontua exatos 92,2% de aprovação. O índice representa um salto de 11 pontos em comparação à sondagem de três meses atrás, quando Fred tinha 81,2%. Pela ordem de preferência do eleitorado: infraestrutura (17%), pavimentação de ruas (13,6%), construção de praças e áreas de lazer (11,6%) e reforma de escolas (6,6%).

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