Efeito Lula: desemprego alcança melhor resultado no trimestre desde 2014
Revista Fórum – Foram mais de 700 mil empregos formais criados entre janeiro e março, aponta Caged.
O IBGE anunciou os dados de desemprego no Brasil a partir dos novos dados da Pnad Contínua. Segundo a pesquisa, o desemprego registrado para o primeiro trimestre chegou em 7,9%, caindo 0,9% em comparação ao mesmo período do ano passado.
Além do anúncio do IBGE, também foram anunciados os resultados do Caged.
Em março, se registraram mais 200 mil brasileiros com carteira assinada, se acumulando um saldo positivo em 719.033 empregos no primeiro trimestre, o que representa um aumento de 34% em relação ao mesmo período de 2023.
“É um momento importante, então eu creio que neste Primeiro de Maio nós temos motivos para fixar a luta da classe trabalhadora por melhores condições”, disse Luiz Marinho, ministro do Trabalho e Emprego, à Agência Brasil.
Desemprego
O desemprego aumentou 0,1% em comparação ao último trimestre do ano passado, mas ficou bem abaixo da média esperada pelo mercado.
Os últimos meses do ano geralmente tem um aumento de contratações por conta das festas e do 13º, e o desemprego costuma subir em março.
A política de valorização do salário mínimo do governo Lula tem impulsionado novas contratações e aquecido a economia.
O dado mais surpreendente é que, mesmo com a queda de brasileiros ocupados, houve um aumento de contratados com carteira assinada.
“A estabilidade do emprego com carteira no setor privado, em um trimestre de redução da ocupação como um todo, é uma sinalização importante de manutenção de ganhos na formalização da população ocupada”, explicou Adriana Beringuy, coordenadora de Pesquisas Domiciliares do IBGE.
No fim, isso significa uma redução da informalidade e a garantia de mais brasileiros contribuindo para a previdência social, além do benefícios do trabalho formal, como seguro-desemprego e fundo de garantia.
Além disso, a renda do trabalho aumentou 1,5% em comparação com o ano passado, crescendo mais de 4% nos últimos doze meses. Esse é um dos fatores que explica o crescimento da receita do governo prometida pelo ministro da Fazenda Fernando Haddad.