11 de outubro de 2024
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Imperatriz lutou por 2 turnos e pesquisas indicam que terá

Por Raimundo Borges

O Imparcial – Desde o começo de 2024, a população de Imperatriz, município mais importante do interior do Maranhão, localizado no sudoeste a 501 quilômetros de São Luís, foi mobilizada  pela Justiça Eleitoral e as lideranças políticas locais, para alcançar 200 mil eleitores – número mágico que permite a possibilidade de realizar a eleição de prefeito em dois turnos.

A meta foi alcançada com a forte presença dos adolescentes acima de 16 anos, que irão estrear o orgulhoso ato cívico de votar em dois turnos no único município fora da capital e ter esse direito no Estado. Foi uma batalha que, no final de “emancipação” política, resultou até em comemoração no âmbito do TER-MA e dos partidos políticos.

Agora, faltando apenas três semanas para as eleições municipais, dois deputados – um federal e um estadual – aparecem tecnicamente empatados na última pesquisas, realizada pelo Instituto Datailha, divulgada 4ª feira 11. O levantamento projeta um cenário eleitoral em que realmente haverá segundo turno na corrida à prefeitura.

De acordo com a consulta, o deputado estadual Rildo Amaral (PP) tem 29,3% e o federal Josivaldo JP (PSD) 28,8% das intenções de voto. Como a margem de erro é de dois pontos percentuais, os dois estão tecnicamente empatados. Na pergunta espontânea também há empate: Rildo aparece com 24,9% e Josivaldo JP teria 24.5%.

Trata-se de um empate tão próximo que nem adianta especular sobre a possibilidade de algo importante acontecer que mude a tendência desta semana a ponto de não haver 2º turno ou que outro candidato possa aparecer com força para superar um dos líderes da pesquisa chegar ao segundo turno.

A candidata Mariana Carvalho (Republicanos) desponta como a terceira colocada com 17,1%, seguida por Marco Aurélio (PCdoB), 10,9%; e Nilson Takashi (Novo) com 3,9%. Vale analisar que número de indecisos soma 22,2%, um índice bem elevado, portanto, capaz de mudar o cenário se, eventualmente,todos pegarem um só candidato, o que seria impossível. A pesquisa Datailha-TV Difusora tem registro MA204?2024.

A questão que chama a atenção no levantamento a pergunta sobre a influência do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na decisão do voto. Nesse cenário, 33,3% dos entrevistados disseram que não votariam de jeito nenhum no candidato apoiado por Lula, enquanto 23,4% declararam que isso não influencia na escolha do votado.

Ao contrário, 19,3% aporiam sim um nome apoiado por Lula e 19,3%, um apadrinhado de Bolsonaro. O que ninguém sabe é se eventualmente os dois líderes virão ao Maranhão participar da campanha, onde seus partidos não têm candidato.

Outra questão que ficou em aberta foi o apoio do governador Carlos Brandão nos candidatos em Imperatriz. Ele até hoje não demonstrou interesse público por nenhum dos dois que lideram as intenções de voto – Rildo e Josivaldo. Brandão tem tido cautela também em relação à disputa de São Luís onde apoia o candidato Duarte Júnior, do PSB, mas até agora não participou pessoalmente de sua campanha – nem no horário eleitoral.

Duarte tem explorado o apoio de Lula à sua candidatura, mas nada sobre Brandão. As pesquisas não indicam que a imagem presidencial tenha jogado para cima qualquer candidato nas capitais.

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No muro

Assim com tem mantida a postura de distanciamento da campanha de prefeito de São Luís, o governador Carlos Brandão está igualmente em cima do muro na disputa da prefeitura de Imperatriz, 2º reduto político do Maranhão e 1º com chance de 2º turno.

Pedalada de Rezende

O ministro Juscelino Rezende, das Comunicações apareceu em nova reportagem da Folha de S. Paulo, no centro de uma suposta pedalada fiscal da Telebrás, estatal vinculada à sua pasta. O valor da pedalada foi de R$ 77 milhões numa manobra contável que transferiu o recurso de 2023 para 2024. A pasta diz que foi tudo dentro da lei.

Vitória parcial (1)

A pedido do Procurador-Geral da Alema, Bivar George Jansen Batista, o ministro do STF Luiz Fux retirou de pauta a ação contra a eleição antecipada da mesa diretora e a enviou ao Núcleo de Solução Consensual de Conflitos onde haverá uma mediação antes do julgamento.

Vitória parcial (2)

Fux determinou que a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifeste sobre a possibilidade de uma solução consensual. O julgamento deve ser retomado apenas após a PGR apresentar seu parecer. Não tem prazo definido.

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