27 de julho de 2024
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Veja os principais pontos dos quatro depoimentos que colocam Bolsonaro no centro da tentativa de golpe

Ex-comandantes do Exército e da Aeronáutica, ex-general do Exército e presidente do PL depuseram à PF indicando participação ativa de Bolsonaro no esquema.

Depoimentos à Polícia Federal (PF) de militares e civis sobre a suposta tentativa de golpe de Estado com o objetivo de manter Jair Bolsonaro (PL) no poder após perder as eleições de 2022 mostraram que o ex-presidente conduziu reuniões com os comandantes das Forças Armadas para discutir a “legalidade jurídica” do tema e apresentar documentos com teor golpista.

Os depoimentos colocam Bolsonaro no centro da trama golpista.

O sigilo dos depoimentos foi derrubado na sexta-feira (15) pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, relator do caso, sob o argumento de que diversos trechos já haviam sido divulgados pela imprensa.

Quatro ouvidos pela PF falaram nos depoimentos: o ex-comandante do Exército Freire Gomes, o ex-comandante da Aeronáutica Carlos de Almeida Baptista Jr., o general da reserva Theophilo de Oliveira e o presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto.

Bolsonaro, o candidato à vice-presidência pelo PL, Braga Netto, o ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira e o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos recorreram ao direito constitucional de permanecer em silêncio durante o depoimento. Para não responder a questionamentos, depoentes alegaram que não tinham tido acesso à íntegra dos processos.

Veja a lista completa dos que ficaram em silêncio:

  1. Ailton Gonçalves Moraes Barros
  2. Almir Garnier Santos
  3. Amauri Feres Saad
  4. Angelo Martins Denicoli
  5. Felipe Garcia Martins Pereira
  6. Helio Ferreira Lima
  7. Jair Messias Bolsonaro
  8. José Eduardo de Oliveira e Silva
  9. Marcelo Costa Câmara
  10. Mario Fernandes
  11. Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira
  12. Rafael Martins de Oliveira
  13. Walter Souza Braga Netto
  14. Ronald Ferreira de Araujo Junior
  15. Augusto Heleno

Os relatos afetam a estratégia de defesa do ex-presidente. Bolsonaro, inicialmente, dizia que não tinha conhecimento das minutas. Depois, passou a dizer que a decretação de estado de defesa no TSE para sustar a eleição (como previa o documento), é permitida pela Constituição. No entanto, os relatos dos militares mostram que não havia motivo legal para esse estado de defesa, e que a única intenção era mesmo o golpe de Estado.

Ex-presidente Jair Bolsonaro 04/10/2022 — Foto: REUTERS/Adriano Machado
Ex-presidente Jair Bolsonaro 04/10/2022 — Foto: REUTERS/Adriano Machado

Nesta reportagem, você vai ver os principais pontos dos depoimentos de:

Freire Gomes

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