2 de dezembro de 2024
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Política suja bafeja na tragédia dos gaúchos

Por Raimundo Borges

O Imparcial – A tragédia do Rio Grande do Sul, provocada em grande parte pela negação da crise climática no planeta e pela omissão de sucessivos governos estaduais e de prefeitos da região sulista, quase que mudou o Poder Central de Brasília e os coloca no meio dos alagamentos.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva já visitou o Rio Grande por três vezes em duas semanas e pode repetir a 4ª nos próximos dias. Em situação inédita, estiveram com Lula ministros, os presidentes da Câmara, Arthur Lira, do Senado Rodrigo Pacheco, do Supremo Tribunal Federal, Luiz Roberto Barroso e do Tribunal de Contas da União, Bruno Dantas.

Trata-se do maior união de esforços da história do Brasil para atacar, de uma só vez, em parceria com o governador Eduardo Leite e os prefeitos municipais, em caráter de emergência, uma tragédia social e econômica de tamanha proporção. A ação fez mobilizar a poderosa corrente solidária entre os estados da federação, suas instituições e a população, por meio de organizações de diferentes fins.

O Rio Grande do Sul, como 5º estado no ranking nacional e um PIB de R$ 640,23 bilhões, ainda está calculando o monstruoso prejuízo às industrias, às  vidas perdidas, à agropecuária, ao comércio, ao turismo e serviços. As estimativas são de uma crise prolongada em anos e investimentos que ultrapassam os R$ 100 bilhões.

Como não poderia deixar de ser diferente, a crise política brasileira que dividiu o Brasil meio a meio entre o bolsonarismo de extrema direita e o Lulismo que o derrotou, está castigando o flagelo dos gaúchos, com o uso desumano e criminoso das redes sociais para disseminar fake news a torto e a direito.

Uma legião da fanáticos se ocupam dia e noite em buscar o prior jeito de prejudicar o trabalho do governo federal e do Rio Grande, para minimizar a dor dos atingidos pela maior catástrofe climática do Brasil. Pior são os “analistas” de plantão que se escondem atrás das mídias conservadoras e para atualizar as velhas práticas de desmantelar a democracia brasileira, mesmo que seja em circunstâncias tão aterrorizante.

São as mesmas mídias que sustentaram o esquema da Lava Jato, hoje completamente anulado pela Justiça Brasileira; que verbaliza contra Lula no poder; que se une ao Centrão da Câmara e do Senado para destruir avanços ecológico, sociais e trabalhistas, e que derrubaram a Dilma Rousseff do Poder, sem ocorrência de crimes. Mesmo assim, ninguém se preocupa em fazer mea culpa.

Nem mesmo pela prisão, de 580 dias, de Lula, depois inocentado pela mesma justiça que o condenou. Assim, na tragédia do Rio Grande do Sul, as mesmas forças estão se labuzando na lama da desgraça social e econômica para atiçar a campanha que deu na tentativa de golpear a democracia em 08 de janeiro de 2023.

Mas Deus é mesmo brasileiro. Num sentimento de grandeza solidária nunca vista antes – nem no auge da pandemia de covid –, a nação de uniu e se agigantou numa única direção: dar resposta objetiva, corajosa e humana ao drama dos riograndenses do sul.

As investidas para politizar a desgraça não chegou nem perto de impedir que a solidariedade brasileira ensinasse ao mundo como é possível remover montanhas de entulhos, curar enfermidades físicas e emocionais em tão pouco tempo. Tudo de uma só vez, sob a liderança de um governo que se sensibilizou, agiu planejadamente na primeiro, na segunda etapa de tragédia e como fará para o que tal situação não se repita no futuro, nem lá, nem em outra parte.

PÍLULAS POLÍTICAS

Favas contadas (1)

Nenhuma surpresa na nomeação do procurador Danilo José de Castro para chefiar o Ministério Público do Maranhão. O governador Carlos Brandão adotou o critério democrático de nomear o mais votado pelos membros do MPE, com 189 votos.

Favas contadas (2)

Danilo de Castro tem um currículo mais do que suficiente para comandar o Parquê nos próximos dois anos, além de liderança e base de apoio para substituir o procurador Eduardo Jorge Hiluy Nicolau, reeleito em 2022, cujo mandato termina em 15 de junho.

Analfabetismo crônico (1)

Dados do IBGE indicam que o Maranhão, em pleno século 21, ainda tinha uma taxa de 20,9% de analfabetismo – entre pretos, idosos e pardos – índice que, felizmente, caiu para 15,1%, mas muito alta para um estado que imaginar viver de boa com seus habitantes. Principalmente os jovens.

Analfabetismo crônico (2)

No Brasil a média de analfabetos era de 6,15 e caiu para 5,6% em 2022. Esse recuo é saudável, mas permanece o desafio gigantesco de fazer uma região que tem avançado no PIB e no IDH, mas o analfabetismo é uma barreira ao crescimento social igualitário.

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