26 de julho de 2024
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Cadê o Weverton com PDT jackista?

Por Raimundo Borges

O Imparcial – Debaixo das barbas do então governador Flávio Dino, ainda no PCdoB em 2020, o PDT, presidido pelo senador Weverton Rocha, saiu da eleição municipal daquele ano como o maior partido no Maranhão. Foi um crescimento tão significante que passou de 30 prefeitos de 2016, para 42, quase o dobro dos 22 eleitos pelo PCdoB disnista.

O número de vereadores do partido jackista também subiu de 206, em 2016, para 350 em 2020.Porém, aquele robusto desempenho não resultou em votos nas eleições gerais de 2022, quando Weverton Rocha surpreendeu a todosnum humilhante 3º lugar na disputa do Palácio dos Leões.

Historicamente, o PDT tem sido uma espécie de linha auxiliar do PT nos momentos em que Lula foi presidente do Brasil. Algumas divergências insanáveis só vieram depois, com Ciro Gomes derrotado três vezes na corrida ao Planalto, tornando-se, por consequência, inimigo ferrenho do atual presidente, de quem já foi ministro.

Portanto, o PDT chega às eleições de 2024 em São Luís, do mesmo jeito de 2022: meio esquerda, meio direita e meio centro. Sem globos vermelhos no sangue, o partido de Weverton está desbotado e bem longe de ter um candidato a altura de sua tradição de poder em 20 anos na capital maranhense.

Weverton vem de uma eleição de deputado federal perdida em 2010, com Jackson Lago e Flávio Dino derrotados por Roseana Sarney na disputa do governo. Em 2014, com Jackson já debaixo do chão, Dino derrotou os Sarney no primeiro turno, com Lobão Filho. Weverton Rocha foi eleito como o 12º em votação para a Câmara (81 mil), o PDT coligado com o PCdoB.

Na eleição de 2018, Dino o apoiou, junto com Eliziane Gama, para o Senado Federal, fazendo-o bombar nas urnas com 1,997 milhão de votos. Não custou muito, ele tentou demarcar espaço no governo Dino e foi vetado. Ocorreu, então a inesperada ruptura entre o senador do PDT e o governador do PCdoB.

Na eleição de 2022, Weverton partiu para o confronto, concorrendo ao governo contra Carlos Brandão e Dino disputando o Senado. Como não era nem da esquerda dinista nem da extrema direita bolsonarista, ele acabou levando uma surra de urna, nocauteado por Lahésio Bonfim, que soube aproveitar o momento histórico da divisão e se firmar no meio evangélico-bolsonarista.

Perdeu para no 1º turno paraBrandão, mas deixou Weverton desnorteado, no meioideológico de uma das eleições mais marcadas pelas posições extremadas. Dino bateu recorde de votos, Lula ganhou a Presidência e Weverton, uma dura lição.

Este ano, o senador do PDT anda meio equidistante das eleições municipais de outubro. O seu desafeto de 2022 encontra-se no Supremo Tribunal Federal, fora da política e sem dá pitaco nas eleições. Mesmo assim, com as feridas das desavenças políticas recompostas por iniciativa do próprio Weverton Rocha, os dois fizeram as pazes.

Desde a indicação para o STF, Flávio Dino só tem recebido elogios e a mão estendida do senador pedetista. Ele foi elatorde sua indicação na CCJ do Senado e, na posse, no STF, Weverton o recepcionou com jantar em sua casa, deixando para trás as  malquerenças e para o futuro, as lições do professor, que ele não as esquecerá nunca.

PÍLULAS POLÍTICAS

A luta delas (1)

Na TV Mirante e em café da manhã na Alema para as funcionárias, a deputada Iracema Vale, presidente do Poder Legislativo do Maranhão, fez um balanço resultante do trabalho das mulheres e dos homens em favor da causa do gênero feminino.

A luta delas (2)

Não foram poucas as leis e ações da Alema em defesa delas, como por exemplo, um projeto do deputado Roberto Costa (MDB), que que derrubou a regra de 10% e redefine a paridade de equivalência entre homens e mulheres no ingresso na carreira da Polícia Militar.

Poder familiar (1)

Três jovens de famílias poderosas de Caxias vão se defrontar na eleição da prefeitura. O prefeito Fábio Gentil apoia o sobrinho Gentil Neto, contra Lycia Waquim, filha da Secretária do gabinete de Brandão, Luzia Waquim, e Paulo Marinho Jr.

Poder familiar (2)

Paulo Jr é filho do ex-prefeito Paulo Marinho e da ex-prefeita Márcia Marinho (falecida no último dia 3) e é vice de Fábio Gentil nas duas eleições. Lycia foi chefa de gabinete de Gentil desde 2017. Este ano virou secretária estadual de Articulações Política em Caxias.

Memorial do golpe

A senadora Eliziane Gama, relatora da CPI dos Atos Golpistas, propôs agora um memorial que  homenageia a democracia brasileira em frente do prédio do Senado Federal. Ela quer deixar à posteridade, o registro daquela infâmia data do 08 de janeiro de 2023.

“É na luta que a gente se encontra, mas é no abraço que a gente se fortalece”
Da primeira dama, Janja Lula da Silva, em homenagem às mulheres no seu dia internacional.

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