2 de dezembro de 2024
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Braide anuncia projeto de reforma do Mercado Central com 3 andares

Por Raimundo Borges

O Imparcial – Em qualquer cidade que se presa pela sua história, pelo jeito de ser e costumes da população, o mercado funciona como uma espécie de cozinha coletiva. Nas cidades turísticas, então, o mercado é ponto obrigatório de visitação, de conhecimento, de comilança e de compra de alimentos.

O Mercadão de São Paulo é um típico exemplo brasileiro dessa funcionalidade. Em Santiago do Chile, o Mercado Central é ponto de atração turística relevante. Já em São Luís, como Patrimônio Cultural da Humanidade, o Mercado Central, fundado em 1864, acaba de ganhar um projeto de restauração total, prometido pelo prefeito Eduardo Braide (PSD) em suas redes sociais neste final de semana.

Localizado no centro histórico, o Mercado Central de São Luís foi construído no reinado de D. Pedro II, há 164 anos, bem próximo do mar para facilitar o aceso dos produtos comercializados, vindo de barco da Baixada Maranhense. Em 1939, na gestão do interventor no governo do Maranhão, Paulo Ramos, o prédio original foi demolido e reconstruído dentro de um amplo programa sanitário, entregue dois anos depois, com o nome de Mercado Novo, ou Largo do Açougue Velho. Perto dali havia um curtume vinculado ao curral municipal, na década de 40. No local, já funcionou o antigo gasômetro, que abastecia os postes de iluminação pública de todo centro da cidade.

Ao longo de 16 décadas, São Luís sofreu imensa transformação arquitetônica, paisagística, econômica e social. O mar que canalizava os produtos alimentícios pelo antigo Portinho, foi sendo empurrado para mais distante, principalmente depois da Construção do Anel Viário, da gestão de Haroldo Tavares e depois, novamente, pelo aterro do Bacanga – obra do governo Epitácio Cafeteira, com recursos do governo federal, na gestão de José Sarney na Presidência da República. Portanto, a expansão da cidade para novos espaços como a Litorânea de hoje, o centro foi abandonado e o Mercado Central perdeu a sua relevância de antes.

Vários prefeitos prometeram restaurar aquele centro de abastecimento, com seus restaurantes populares e lojas de artesanatos. Seria tornar o mercado central um modelo novo de sua relação com a cidade. Mas nada aconteceu que o revitalizasse e o tornasse uma referência histórica e gastronômica. Agora, porém, Eduardo Braide anuncia um novo Mercado Central, com três pavimentos, praça de alimentação e uma urbanização em seu entorno.

“Inaugurado em 1941 e tendo recebido a última intervenção em 1992, chegou o momento da tão sonhada obra do novo mercado que terá uma estrutura totalmente moderna”, disse o prefeito.

A primeira fase da obra já começou pelo mercado provisório no Anel Viário, que receberá os comerciantes, peixeiros, açougueiros e mais feirantes durante todo o período de construção do novo mercado

Braide disse ainda que está fazendo o que nunca foi feito em São Luís, com o mercado Central transformado num novo cartão postal. Ele também está quebrando outro paradigma no centro histórico. Em parceria com o IFHAN, a Prefeitura tirou do papel a reforma do sobrado 46 da Rua Afonso Pena, um dos projetos mais ambiciosos da cidade antiga. O sobradão pertence ao município e por mais de 50 anos, aquele prédio de três andares e um mirante, foi a sede do Jornal O Imparcial e da Rádio Gurupi.  

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